"Sem Livros, Estamos Perdidos, Nós Somos Listradas, Salpicadas Caminho Do Matadouro" 1

A inteligência, marca do enxergar deste jornalista, escritor e acadêmico, em sua última novela tão protagonista, como a bondade que não em vão se leva 50% do título: bons Homens (Alfaguara). Dois acadêmicos espanhóis deslocam-se a França para trazer a Portugal analfabetas e assolada (e não por seleção, como hoje) no século que nesse lugar nunca foi das Luzes L’Enciclopédie.

Dois exemplos do que a bondade necessita ser: coragem e heroísmo, e não essa agregação simplista que iguala a bondade pra tolice. A inexplicável agregação ‘buenitonto’ fica girando (e almejo que para sempre) em quase 600 páginas da recém-publicada obra de Arturo Pérez-Reverte. Tão gira como presente deixa a indispensabilidade de cultura, educação e livros. De fato, se algo é esta novela é uma reivindicação dos livros, como aquilo que faz e fez avançar o universo. Como é um homem prazeroso? Em Portugal os homens bons costumamos fusilarlos ou vilipendiarlosQué poucos há, como

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Os há e a todo o momento houve. Essa é a lição moral: que a todo o momento os houve e que ainda os há. O que ocorre é que em Portugal os homens bons estamos acostumados fusilarlos ou vilipendiarlos. Sim, no momento em que morrem alguns dos recuperamos, por vezes, e lhes fazemos homenagens.

Eu tenho famoso homens bons e ainda conheço. Quando você lê a história de Portugal, que está cheia de trivial não vos apegueis e deslealtades, você vê que sempre houve homens bons. Portanto, a novela de 2 homens bons, no século XVIII, quando ainda tudo era possível, tentaram melhorar Espanha com livros.

Quando ainda era possível, É possível, no entanto no século XVIII, Portugal era um povo analfabeto por séculos de trono e altar que tinham-nos levado a esse calabouço. A gente não tinha técnica intelectual para enfrentar, não tinha meios pra aceder a ela. Faziam falta bons homens que puxar dos outros. Agora é distinto: existe televisão, Internet, jornais, a educação é obrigatória, para quem é analfabeto, hoje, é pelo motivo de quer, que vê salva-me, em vez de Salvos é por causa de quer, ninguém obriga, nesta hora é voluntário.

Então eu esperava que a gente mudasse e prontamente vemos que a gente é deliberadamente analfabetas. Mas mesmo sem demora há gente bacana com este sentido intelectual heróico da existência que tenta abrir as janelas a despeito de saiba que é impensável ou muito dificultoso.

Sim. A lição nesse livro é: uma aventura de cultura e amizade, em que as frases cultura, a lealdade e a amizade são analgésicos e ferramentas de futuro. Duas pessoas totalmente diferentes conseguem graças à cultura de desenvolver entre eles um laço muito forte.

E, graças à tolerância assim como, É que a verdadeira inteligência traz implícita a tolerância. Em Portugal temos confundido a inteligência com o fanatismo, acreditamos que quem grita mais grande tem explicação. Não temos adversários, todavia adversários, e quando vence, não convence no entanto se você extermina ou exile. Essa necessidade de que não haja um espaço comum é muito espanhol e continua a ser o nosso freio.

É muito desgostoso olhar que há quem precisa de oponentes pra esclarecer-se. É que os livros são os que fizeram avançar o mundo, em vista disso é tão desanimado ver de perto como eles desaparecem da existência cotidiana. À medida que o homem moderno se vai despojando de livros pra perceber vai se convertendo pior pessoa, vítima dos canalhas que manipulam. Sem livros somos listradas, salpicadas caminho do matadouro, estamos perdidos sem eles. Os livros não são só companhia e consolação, são bem mais.

O livro quase como uma chave de reconhecimento: somos dos que lêem, somos irmãos. Você Imagina que ao invés sobre tele-se falar de livros? Eu não sei, não há dúvida que não. Alguma voz lúcida atual que possa mencionar? Sim, entretanto não aspiro citá-los.

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